Scania

Scania fará investimentos de R$ 2 bilhões no Brasil

Montante será empenhado entre 2025 e 2025 para descarbonização

Foto | Scania/Divulgação – Alckmin visita a fábrica da Scania para oficializar novo ciclo de investimentos, que prevê ônibus elétrico

A Scania recebeu hoje a visita do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e o secretário da pasta, Uallace Moreira Lima. Na ocasião, foi anunciada a nova fase de investimento em sua jornada de descarbonização dos ecossistemas de transporte e logística, com recursos de R$ 2 bilhões programados para o período de 2025 a 2028. Este valor se somará aos R$ 1,4 bilhão investidos entre 2021 e 2024.

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O vice-presidente Geraldo Alckmin destacou a importância da empresa no cenário nacional. “Nós estamos aqui, na ponta, na vanguarda da inovação, da tecnologia, numa indústria sustentável, verde, que lidera a descarbonização, com veículos elétricos, a gás e com biodiesel. Trata-se de uma empresa altamente competitiva, que faz 115 caminhões pesados e ônibus por dia; e exportadora, que atende a América Latina e até outros continentes”, afirmou.

Christopher Podgorski, presidente e CEO da Operação Industrial da Scania, enfatizou as capacidades do polo industrial em São Bernardo do Campo/SP, que ocupa uma área de 427 mil metros quadrados. “São nove fábricas operando conjuntamente para produzir caminhões, ônibus, motores industriais e marítimos, todas elas constantemente atualizadas”, informou. “Graças a nossa estratégia de Sistema de Produção Global e ainda o exclusivo Sistema Modular Scania conseguimos incorporar novas tecnologias às plataformas de produto recém introduzidas, como agora estamos fazendo com a plataforma para Chassis para Ônibus Elétricos”.

Podgorski explicou que a adequação da Unidade Industrial para produção das Soluções de Transporte Sustentável começou em 2018, com a introdução da Nova Geração de Caminhões Scania no Brasil. Desde então, investimentos foram direcionados para projetos como a industrialização de Motores a Gás e Biometano e a Nova Geração de Ônibus, além do Trem de Força recém-lançado, batizado de Super, que ampliou a Fábrica de Motores da empresa. “Agora o foco é incrementar a jornada da transformação com a eletrificação”, disse Podgorski.

Ele acrescentou que a transição para alternativas às fontes de energia fósseis é um desafio, mas necessário diante das mudanças climáticas. “Estamos saindo do predomínio de 120 anos do setor de óleo e gás, ou seja, é um desafio implementar alternativas às fontes de energia fósseis considerando custo e escala na velocidade que precisamos caminhar em razão da pressão imposta pelas questões climáticas que já nos assolam no dia-a-dia”, completou. “E ainda referente ao processo de descarbonização, o importante é manter o conceito do ‘poço-a-roda’ e quem conhece o setor de veículos pesados e a vocação do Brasil sabe que a diversidade de soluções está no centro do horizonte para uma transição concreta”, acrescentou.

Eletrificação Reforça Gama de Soluções Alternativas e Renováveis

Segundo Podgorski, a eletrificação do setor de transporte é crucial e o chassis elétrico para ônibus complementa as soluções já disponíveis, como os motores a Gás e Biometano e o Biodiesel 100%. “O inimigo único e comum a todos é o carbono. Para abatê-lo, considerando um país de dimensão territorial como o Brasil, seu tamanho de frota e matriz energética, é fundamental abraçar múltiplas tecnologias. A eletromobilidade se encaixa neste contexto”, explicou.

Com investimento de R$ 60 milhões, a preparação industrial começará agora, com a previsão de que a planta de São Bernardo do Campo inicie a produção de chassis para ônibus elétricos em março de 2025. A fábrica brasileira será a terceira unidade global da Scania a produzir veículos elétricos. “São poucas adequações na linha, basicamente mudanças na pré-montagem, que envolve o sistema de resfriamento e de alta tensão, e da pré-montagem da estrutura que vai sustentar as baterias no lugar do motor”, explicou Isabelle Diniz, engenheira de processos industriais responsável pelo projeto.

Os novos ônibus, modelo 4×2, com 12 metros de comprimento, serão alimentados por até 5 pacotes de baterias e terão produção de 11 chassis diários, sendo três eletrificados. Estes chassis serão os mesmos fabricados e comercializados atualmente na Europa, na unidade Scania localizada na Polônia.

“A pauta da sustentabilidade não pode ser adiada e no caso do transporte ela não depende somente do veículo, mas de outras variantes, como financiamento, infraestrutura e rede de distribuição, entre outras variáveis a serem consideradas”, finalizou Podgorski.

Redação

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