Caminhões 3/4 exigem habilitação especializada, mas por suas dimensões menores são focados no uso urbano por sua versatilidade
Por Eduardo Rodrigues
Especial para o Autos Pesados
Para começar no mundo dos caminhões é a categoria conhecida popularmente como 3/4. Esses modelos ficam logo acima dos Veículos Urbanos Comerciais (VUC) e de pequenos caminhões derivados de chassis de vans. O trunfo desses caminhões de entrada é a versatilidade para diferentes usos, um caminhão ¾ pode ser usado em diversos tipos de entregas urbanas, com baú fechado ou carga seca, como plataforma para guincho ou como caminhão frigorífico.
VEJA TAMBÉM:
CONFIRA OS CAVALINHOS SEMIPESADOS MAIS BARATOS DO BRASIL
A forma mais fácil de identificar visualmente caminhões 3/4 são pelas rodas de 16 ou 17,5 polegadas, o rodado duplo na traseira e a cabine avançada que pode ser compartilhada com modelos maiores da marca. Alguns desses caminhões podem ser configurados como VUC. Mecanicamente esses caminhões usam motores 4 cilindros turbodiesel e câmbio manual de cinco ou seis marchas, ambos voltados para uso comercial.
Nessa lista vamos classificar os caminhões mais baratos dessa categoria com base nos valores de modelos zero km divulgados pela FIPE. Serão considerados apenas os caminhões em suas versões de entrada.
Apesar da popularidade no mercado, o Volkswagen Delivery é o mais caro dos modelos de entrada listados aqui. Em compensação o consumidor que optar pelo Delivery vai levar um projeto moderno com a única suspensão dianteira independente com molas helicoidais e freios a disco na dianteira da categoria. Na lista de itens de série o Delivery 6.160 conta com cruise control e computador de bordo. Para operadores com interesse em mais itens de comodidade é preciso pedir por um dos pacotes de opcionais.
Na mecânica as inovações dão lugar a tradição, sob a cabine está o conhecido motor Cummins ISF de 2,8 litros, 156 cv e 430nm. A transmissão é a Eaton ESO 4206 manual de seis velocidades. Duas medidas de entre-eixos são oferecidas: 3.400 mm ou 4.000 mm. Segundo a Volkswagen a nova geração do Delivery foi projetada para ser o mais leve possível e maximizar a capacidade de carga, que no 6.160 é de 3.493 kg no modelo curto ou 3.381 kg no longo, sem contar o peso do implemento. O peso bruto total (PBT) do modelo é de 5.800 kg.
Logo atrás do Delivery está outro caminhão tradicional no mercado, o Mercedes-Benz Accelo. O modelo é um projeto feito exclusivamente para o Brasil e está em produção desde 2003. A porta de entrada para a linha Accelo é o 815, que tem como destaque ser o único dos caminhões ¾ de entrada a oferecer transmissão automatizada. A lista de itens de série do Accelo 815 é enxuta, contando com freio motor Top Brake, vidros elétricos, preparação para som já com alto falantes, ar condicionado, espelhos retrovisores com desembaçador e banco do motorista pneumático. O Accelo é um dos caminhões que pode ser utilizado como VUC.
O 815 vem com o motor OM 924 LA da própria Mercedes-Benz, um quatro cilindros 4.8 que produz 156 cv e 580 nm. De série o pequeno Mercedes vem com a transmissão Eaton FSO 4505A manual de cinco marchas, opcionalmente é oferecida a Eaton EA 6106 AMT automatizada de seis marcas. Junto da transmissão automatizada é acrescentado freios a disco na dianteira. A Mercedes oferece três opções de entre-eixos: 3.100 mm, 3.700 mm ou 4.100 mm, com capacidades de carga de 5.510 kg, 4.940 kg e 4.870 kg respectivamente. O PBT é de 8.300 kg.
O IVECO Tector é o caminhão mais potente e com o maior PBT dessa lista e tem como vantagem oferecer capacidade de concorrentes mais caros por um preço menor. O segredo para toda essa capacidade por um preço baixo do caminhão fabricado em Minas Gerais é uma lista de equipamentos de série que conta com o ABS obrigatório por lei e a escotilha no teto. Caso queira ar condicionado, climatizador, banco com suspensão e sistema de som o comprador tem que pagar a mais por esses opcionais.
O motor de 190 cv e 610 nm que puxa o Tector de entrada é o FPT N45, um quatro cilindros 4.5. O câmbio é sempre manual de seis marchas Eaton 6106 B. O consumidor pode escolher entre dois chassis, um com 3.900 mm de entre eixos e outro com 4.445 mm. A capacidade de carga é de 5.575 kg e 5.500 kg respectivamente, totalizando um PBT de 8.600 kg.
A marca nacional Agrale costuma ser esquecida pelos consumidores, mas possui uma linha de caminhões focada nessa proposta de ¾ e VUC. O ponto de entrada é o modelo A7500, que pode também ser usado como VUC. A cabine da linha A, feita em aço, é fabricada no Espírito Santo e tem estilo que lembra os caminhões japoneses com suas janelas amplas.
O Agrale A7500 tenta atrair os consumidores com uma lista interessante de itens de série: ar condicionado, vidros e travas elétricas e cruise control. A Agrale oferece o caminhão já com o implemento instalado na fábrica, as opções são baú, carga seca ou baú específico para VUC. A capacidade de carga do A7500 é de 4.560 kg sem implemento, com o baú é de 3.620 kg, com o baú VUC é 3.670 kg e com carga seca é 3.720 kg. O PBT é de 7.500 kg e a única opção de entre-eixos é de 3.860 mm.
Outra forma de atrair os consumidores adotada pela Agrale é com a mecânica: tanto motor, caixa e eixos são de fornecedores tradicionais. Começando pelo motor, que é o Cummins ISF 3.8 de 152 cv e 443 nm. A transmissão é a Eaton FSO 4505 C manual de cinco marchas. E os eixos são feitos pela Dana.
Desde a chegada da van Chana Utility em 2006 diversas marcas chinesas passaram pelo Brasil nos diferentes segmentos do mercado e poucas se consolidaram. No mercado de caminhões temos hoje apenas a Foton, que anda investindo pesado no país. Hoje a Foton fabrica caminhões em território nacional e expandiu a rede de concessionários com ex-revendedores da Ford Caminhões.
O caminhão ¾ da marca é o Citytruck, que tem como modelo de entrada o 6.5-15. Para atrair os consumidores o Citytruck oferece uma lista de itens de série recheada: ar condicionado, vidros e travas elétricas, rádio com MP3 e entrada USB, faróis de neblina, sensor de ré e faróis com luz diurna em LED.
Assim como a Agrale, a Foton aposta em fornecedores tradicionais, nesse caso são motores Cummins e transmissões da ZF. O motor é o mesmo Cummins ISF 2.8 que equipa o Volkswagen Delivery, com acerto de 150 cv e 360 nm no caminhão chinês. A caixa ZF é a 5S 368 manual de cinco velocidades. Nas capacidades do caminhão o Citytruck é o único a ter a capacidade de carga técnica acima da legal: 3.704 kg a legal e 4.284 kg. Com isso temos um PBT legal de 6.080 kg e PBT técnico de 6.660 kg. Duas opções de entre-eixos são oferecidas, 3.360 mm e 3.800 mm, as capacidades acima são do modelo mais curto pois a do longo não foi informada pelo fabricante.
Em primeiro lugar, e com uma grande diferença de preço para os concorrentes, tem o maior veículo comercial vendido pela Hyundai-CAOA no Brasil. O HD80 é o único caminhão da marca produzido e vendido no Brasil e tem como maior trunfo a relação custo-benefício. O caminhão conta de série com computador de bordo, faróis de neblina e rádio com MP3 e entrada USB.
O motor usado no Hyundai HD80 é o FPT F1C de 3 litros, o mesmo utilizado pelos furgões Iveco Daily. No caminhão esse motor produz 170 cv e 400 nm. A transmissão é manual de cinco marchas feita pela divisão Dymos da Hyundai. O eixo de tração é fornecido pela Dana. A única opção de entre-eixos é 3.735 mm. A capacidade de carga é de 5.263 kg sem contar o peso do implemento, o que resulta num PBT de 8.000 kg.
A JAC Motors vem investindo pesado em veículos elétricos no Brasil e acabou lançando o primeiro caminhão elétrico do país justamente na categoria dos ¾. Apesar do preço, que chega a ser mais que o dobro do Hyundai HD80, o iEV1200T oferece capacidades semelhantes aos modelos listados.
Começando pelo chassi, o caminhão elétrico da JAC é homologado para carregar 4.000 kg, que quando somados ao peso do caminhão resulta num PBT de 7.490 kg. Outro número que fica próximo a um produzido pelos ¾ de entrada é a potência de 177 cv, porém o torque de 1.200 nm é superior ao do motor 6.7 da FPT.
Mas nem tudo são flores em um elétrico, a autonomia do iEV1200T é de 250 km sem o uso do ar condicionado, com implemento e levando duas toneladas de acordo com a JAC. Essa autonomia limita o uso do caminhão em percursos urbanos curtos, como entregas rápidas ou guincho. Mas por outro lado, ser elétrico traz a vantagem de ser isento do rodízio de São Paulo (SP), pagar menos IPVA e ter manutenção reduzida.
Veículos vão operar em todas as regiões da cidade, oferecendo mais conforto e eficiência ao…
Concessionárias da marca terão ofertas especiais em todo o Brasil para as picape Maverick, Ranger…
Modelo traz motor 3.0L Hurricane 6 biturbo, novas tecnologias de condução e design atualizado, reforçando…
Nova linha 2025 traz modelos 917, 1117 e 1417, ampliando o portfólio de veículos leves…
Novo modelo do extrapesado chega ao mercado em 2025 com mais eficiência, conforto e inovação.
Modelo 30 G 4x2 chegará importada da Europa para ser destaque na Fenatran, reforçando o…