Quais são os cavalinhos semipesados mais baratos do Brasil?

Semipesados é categoria de porta de entrada para os cavalos mecânicos no Brasil com foco em trajetos de distância curta ou média

No mercado de caminhões os cavalos mecânicos estão sempre entre os mais vendidos. Esse tipo de caminhão é o mais importante nas rodovias do Brasil por ser o responsável pela maior parte do transporte rodoviário, levando produtos para todos os lados do nosso vasto país. Mas dentro da categoria de cavalos mecânicos existem algumas  sub-divisões, o mais conhecidos são os extra-pesados como o Volvo FH e o Mercedes-Benz Actros. Abaixo deles tem os semipesados, mais voltados para transportes rodoviários de curta e média distância.

Esses caminhões semipesados são a porta de entrada dos cavalos mecânicos em algumas marcas e podem usar cabine de caminhões menores. Os motores também são menores, no lugar dos seis cilindros de 11 a 13 litros entram outros seis cilindros menores de 6,7 a 7,2 litros. A capacidade máxima de tração não passa de 45 toneladas para esses caminhões.

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Aqui vamos listar os modelos mais baratos dessa categoria. Como os caminhões podem ser encomendados com diferentes configurações, todos são listados em suas configurações básicas. Os preços são sugeridos pelo fabricante obtidos diretamente com eles, com exceção do preço do Iveco que é o preço do modelo zero km segundo a tabela Fipe.

 5 – Scania P250 4×2 – R$ 463.000

Foto | Scania/Divulgação – A foto é de um P320 europeu, que difere do P250 nacional apenas pela placa da potência do motor

Curiosamente o mais caro também é o menos potente, mas também é o caminhão de projeto mais recente. Ma apesar da potência de apenas 250 cv a 1.900, o Scania P250 possui a segunda maior capacidade de tração da lista: 44 toneladas. O torque máximo do seis-em-linha de sete litros da configuração mais simples do Scania P fica próximo dos concorrentes, são 1.100Nm 1.050 rpm e 1.550 rpm.

O P250 compensa a potência baixa com a modernidade do conjunto e com uma lista generosa de equipamentos. Segundo as informações enviadas pela assessoria da marca ele vem de série com caixa Opticruise automatizada de 12 marchas, freios com ABS, controle eletrônico dos freios (EBS), ar condicionado, painel de intrumentos com tela colorida de quatro polegadas e com o Driver Support, um sistema que avalia a condução do motorista e o auxilia a dirigir de maneira mais eficiente. A Scania também oferece um pacote de conectividade Análise gratuito por 10 anos.

4 – Volvo VM 330 4x2T – R$ 361.600

Foto | Volvo/Divulgação

O Volvo VM é um produto exclusivo da América Latina, foi lançado no Brasil em 2003 e utiliza uma cabine compartilhada com a Renault. O cavalinho da linha VM é baseado na versão mais potente, com motor 7.2 de 330 cv a 2.200 rpm e 1.300 nm de 1.200 rpm a 1.600 rpm. A transmissão que vem de série é a autmatizada I-Shift de 12 velocidades, similar a usada na linha FH. O VM 330 é o caminhão da lista com maior potência e também possui da maior capacidade de tração, podendo rebocar até 45 toneladas.

O Volvo vem bem equipado de série, com equipamentos como ar condicionado, computador de bordo, cruise control, banco do motorista com suspensão a ar e voltante multifuncional. Sua cabine é leito e já vem com cama, cortina, porta-objetos e prapração para rádio.

3 – Volkswagen Constellation 17.280 Tractor – R$ 340.648

Foto | Volkswagen/Divulgação

O Volkswagen Constellation é um projeto nacional que é fabricado em Resende (RJ) utiliza chassi próprio unido a um motor Man de 6,9 litros, 277 cv a 2.300 rpm e 1.050 nm entre 1.110 rpm e 1.700 rpm. O Constellation e o Mercedes Atego são os únicos a usar transmissão manual, no caso do VW é a ZF 9S de nove marchas sincronizadas. A capacidade de tração é menor da lista: 35 toneladas.

O Constellation 17.280 Tractor vem de série com cabine estendida, a leito é opcional. A Volkswagen não divulga a lista de equipamentos de série em seu site, mas deixa a entender que itens como ar-condicionado, banco pneumático, rádio e vidros e travas elétricos são opcionais.

2 – Mercedes-Benz Atego 1730 – R$ 308.000

Foto | Mercedes-Benz/Divulgação – Atego 1730 é representante da Mercedes-Benz no segmento de semipesados

Na Mercedes-Benz o cavalo mais barato é o semipesado da linha Atego 1730 e vem com uma relação custo/benefício interessante. O motor é o OM 926 LA, um seis cilindros de 7,2 litros que produz 286 cv a 2.200 rpm e 1.250 nm entre 1.100 e 1.200 rpm. O cambio manual de nove marchas, ou oito mais uma super reduzida como o fabricante chama, é da própria mercedes. Na capacidade de tração ele fica abaixo dos suecos, com 36 toneladas.

O Atego 1730 vem de série com cabine estendida e bem equipado de itens de conforto: ar condicionado, banco do motorista pneumatico, cama basculável, espelho retrovisor com regulagem elétrica, cortina da cabine, para-sol externo, tomada de ar comprimido com mangueira, painel digital con econômetro e alto-falantes.

1 – Iveco Tector 17-300T R$ 286.057 (fipe)

Tector
Foto | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos – Tector 17-300 T é mais barato do mercado brasileiro no segmento de semipesados

O primeiro colocado é o Iveco, que mesmo com seu preço mais baixo oferece alguns itens de conveniencia para o motorista visto nos modelos mais caros, como o cambio automatizado. O motor FPT NEF6 ID de 6,7 litros possui o menor deslocamento da lista, mas ainda assim consegue entregar potencia e torque maiores que o Volkswagen Constellation: são 300 cv a 2.500 rpm e 1.050 nm entre 1.250 rpm e 1.900 rpm. Ajudando a passar essa força para o chão tem a transmissão Eaton Ultrashift Plus automatizada de 10 marchas. A capacidade de tração fia empatada com o Mercedes em 36 toneladas.

De série, o Tector 17-300T vem com cabine curta, com a leito de opcional. Na cabine curta vem com um banco do passageiro biposto, vidros elétricos, retrovisores com regulagem elétrica e aquecidos, ar condicionado, rádio com cd-player, MP3 e RMS, banco do motorista pneumático,faróis de neblina e para-sol externo.

Bonus – Agrale 8700 TR – R$ 185.143 (Fipe)

Foto | Agrale/Divulgação

O Agrale 8700 TR ficou de fora da lista por conta de sua proposta completamente diferente dos cavalinhos semipesados: ele é feito exclusivamente para autoescolas. O cavalinho do fabricante brasileiro é menor que todos os outros, tendo mecânica mais próxima dos caminhões urbanos e rodas de 17,5 polegadas. O motor usado no Agrale é o quatro cilidnros Cummins ISF 3.8 de 162 cv a 2.600 rpm e 600 nm entre 1.300 rpm e 1.700 rpm. Já a transmissão é a caixa manual manual Eaton FSO 4505 C de cinco marchas.

A proposta do caminhão fica clara na lista de equipamentos: ele vem de série com um jogo de pedais extra no lado do passageiro para o instrutor de autoescola. O 8700 TR também vem com cruise control e computador de bordo. A capacidade de tração é de apenas 11 toneladas, suficiente para dar aos aprendizes de caminhoneiro uma expericiencia em menor escala de como é trabalhar na boleia.

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