A marca FNM (FeNeMê) está nas mãos de novos donos que prometem a volta dos saudosos caminhões ainda para 2020. Mas os modelos, agora terão propulsão elétrica e serão montados na fábrica da Agrale, em Caxias do Sul (RS), cidade natal dos irmãos José Antonio Severo Martins e Alberto Martins que estão à frente da empreitada.
Os empresários já detém o direito de uso da marca FNM junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
Ainda não há muitas informações oficiais sobre os modelos a serem produzidos. Mas nas imagens de divulgação aparecem dois caminhões plataforma, o 832 e 833.
O 832 terá 6,30 metros de comprimento e PBT de 13 toneladas. Já o 833 terá 7,20 metros de comprimento e PBT para 18 toneladas.
Os novos FNM terão cabines de fibra de vidro com linhas que remetem aos seus antepassados. O coração elétrico virá acompanhado de novas tecnologias de sistemas periféricos como as baterias e inversores elétricos entre componentes nacionais e importados. Os representantes da marca prometem usar novos materiais como o nióbio na estrutura do chassi, suspensões, freios, rodas e demais componentes da estrutura dos caminhões.
Além dos caminhões, os empresários têm projetos para ônibus elétricos e também o programa RePower no qual farão a troca do motor diesel para elétricos.
A história da Fábrica Nacional de Motores (FNM) popularmente chamdada de Fenemê começou na décadas de 1940 no Governo Getúlio Vargas. A empresa estatal foi criado inicialmente para a fabricação de motores náuticos.
Em 1949, a FNM firmou contrato com a italiana Isotta Fraschini para produzir um caminhão Diesel de 7,5L que no começo era apenas montado em solo tupiniquim. No mesmo ano foram entregues 200 modelos chamados de FNM IF-D7300 para 7.500 kg. Com a falência do parceiro, a FNM fez outro acordo com a Alfa Romeo para a produção de caminhões da Alfa e também ônibus.
No ano de 1968, a FNM foi privatizada, sendo adquirida pela Alfa Romeo. Em 1972, foram lançados os FNM 1800 e 210.
Já no ano de 1973, a Fiat comprou 43% das alções da Alfa Romeo, assumindo 1976 o controle da Alfa. Em 1979, a Fiat descontinuou os modelos 180 e 210 com o lançamento do Fiat 190.
A produção foi encerrada em 1985 quando a empresa já era administrada pela IVECO.
Foto | FNM/Reprodução
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